Ubuntu – Sou quem sou por aquilo que todos somos.

Neste exato momentoNão sai no jornal nem na tevê. Mas a experiência está lá, viva, concreta e em muitos lugares. Enquanto, na PUC, São Paulo, John Croft, criador do Dragon Dreams (http://www.dragondreamingbr.org/portal/index.php/2012-10-25-17-04-57/john-croft.html) reafirma que não dá mais para ignorar que hoje à noite 1 em 5 crianças – cerca de 30 milhões – dormirá com fome e que, algumas delas, estão passando por este tipo de maus tratos há tanto tempo, que seu desenvolvimento mental já está comprometido, o professor Narvázes, da Colômbia, fundador da Escola de Perdão, Conciliação e Justiça Restaurativa, faz demonstrações de como seu país está mudando a Cultura do Castigo, a Economia do Ódio – como afirmou Amartya Sen -, a Indiferença e a repetitiva Memória Vingativa, para um Processo de Reparação, aceitação e expressão, que possa produzir o exercício de ascenção humana para a utilização não do cérebro reptiliano, mas para o cérebro desenvolvido mais recente na história e capaz de produzir uma Cultura de Reparação e de Convivência.
John fica alguns dias mais no Brasil com uma agenda cheia de ações envolvendo interessados de várias áreas da sociedade. Narváes estava no Capão Redondo, ontem, 5 de abril, juntamente coma professora Lia Diskin, da Associação Palas Athena, parte do evento Dimensões Subjetivas e Comunitárias da Justiça Restaurativa na construção de uma Cultura de Perdão.
Maus tratos. Aqui, ali, do outro lado do planeta, na internet, na rua, do nosso lado, a gente mesma.
É possível transformar esta cultura, mas é importante a ação e a intenção a partir da consciência de que nos permeia e nos inclui.
Participamos deste grande projeto da vida. Melhorando o processo civilizatório se quisermos.
Se não for por bem será por mal.
Indo para o Capão Redondo pega-se metrô, que conecta a estação Largo 13 à estação Capão Redondo. Convido você, que está lendo este post, a fazer este trajeto e apreciar as favelas, as casas, a multidão entrando descuidada no vagão, a vida de uma viagem
São estes momentos que me fazem acreditar que vai dar certo, embora algumas evidências tentem mostrar que não. Ouvi o professor Narváez, criador da escola de perdão, conciliaçaõ e educação popular, http://www.cdhep.org.br, falar de como a Colômbia está mudando e envolvendo pessoas a demoverem a ideia fixa de vingança para um outro posicionamento perante a vida, como 55 mil homens em sua maioria depuseram armas, como o congresso lá criou leis para agressores e para vítimas, mas mais do que isto, trabalhou políticas públicas para reparar os danos da violência. Ouvi gente do Pará e como estão trabalhando as comunidades para enfrentar as remoção por conta das obras de energia etc. Enfim, temos de fazer como os cupins, que vão comendo, comendo, comendo e, de repente, você abre a gaveta e o armário todo se desfaz na sua frente. Este exemplo dado ontem pela professora Lia Diskin, da http://www.palasathenaorg.br é o que encoraja. Temos que por mãos à obra. É o que nos resta. Está com todos nós e não mais com alguém especificamente.

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